Características gerais
Trata-se de um inseto desfolhador dos pinheiros e cedros, com o nome científico Thaumetopoea pityocampa. Como tal, leva a um enfraquecimento das árvores e consoante o grau de ataque poderá causar-lhes a morte. Os ataques desta praga variam de intensidade de acordo com os seus níveis populacionais, fortemente influenciados pelas condições climáticas.
O ciclo biológico da processionária
Como todos os insetos, desenvolve-se passando pelas seguintes fases:
– Ovo
– Lagarta
– Pupa ou crisálida (casulo)
– Insecto adulto (borboleta)
O ciclo biológico da processionária completa-se, geralmente, num ano, distinguindo-se duas fases: uma aérea na copa dos pinheiros e outra subterrânea, no solo. Os 1º e 2º estádios de crescimento, na copa, normalmente ocorrem no período do outono (com início entre meados de setembro/finais de Outubro). As lagartas jovens vivem em ninhos provisórios, que vão sendo abandonados até à formação de um ninho definitivo (ninho de Inverno), onde aí vivem em colónia e se protegem das baixas temperaturas.
Tratamentos
Neste estádio, os tratamentos químicos são bastante eficazes. Normalmente, são usados dois grupos de produtos de baixa toxicidade e inócuos para o ambiente:
- Diflubenzurão – São inibidores do crescimento, sendo o mais usado o Dimilin;
- Insecticidas microbiológicos- à base de Bacillus thurigiensis.
A partir do 3.º estádio, altura em que se tornam perigosas para a saúde, possuem pelos urticantes que causam alergias na pele, no globo ocular e no aparelho respiratório. Estas alergias são sempre muito desagradáveis e podem ter consequências graves, dependendo da sensibilidade do indivíduo atingido. No caso de infestações avançadas por lagartas entre o 3º e o 5º estádio (normalmente ocorre no período de Inverno), é necessário ter em consideração que os insetos se encontram em fase de crescimento ativo. Constroem os ninhos neste período -adquirindo o aspeto de um novelo de seda – e mantêm os hábitos de alimentação noturna, permanecendo no ninho durante o dia (este funciona como acumulador térmico).
Uma ameaça para a saúde pública
Em termos de saúde pública, a processionária pode representar um problema sério, sobretudo em anos de níveis populacionais elevados e junto a locais habitados.
A intensidade da infestação varia de acordo com os seus níveis populacionais, fortemente influenciados pelas condições climáticas. Em termos de produção lenhosa, verifica-se uma redução do crescimento das árvores no período em que ficam desfolhadas. A processionária do pinheiro, além de provocar estes danos nas árvores, pode também originar graves problemas de saúde pública. Devido à característica urticante dos seus pêlos, provoca alergias na pele, no globo ocular e no aparelho respiratório no Homem e pode originar o mesmo em animais domésticos. A assistência hospitalar é frequentemente necessária, em caso de contacto físico ou apenas de proximidade com a processionária.